chegou o fim

é ironico e muito triste que 24h após o lançamento do 'Censurados - até morrer!!!!' eu veja estas fotos.
estão em ThePunkSite.com

censurados até morrer!!!!

foi com muito, mesmo muito prazer que desfolhei este livro, mais do que merecido, vocês os 4 que fazem parte da banda sonora da minha vida. com uma pontinha de orgulho (tipo iceberg do Titanic...) que colaborei com as minhas fotos neste projecto. um gozo magnifico ao ver as imagens do Samu e do Fred tão novinhos, mesmo meninos de coro! ai, esse cabelinho comprido aos caracois! hehehe. relembrar noitadas, concertos estrada fora, tardes perdidas nos Corucheus, noites do Bairro, nas Palmeiras, o Tenro, o prazer de viver.
foi um prazer ainda maior entrar esta noite no Café da Música e ver toda a gente que esteve sempre aqui, sempre em Censurados, sempre no mesmo lado desta estrada comprida que é a nossa vida. continuamos doidos? não, sempre vivemos foi no lado positivo, um poukinho ao lado da margem da hipocrisia da moral e dos bons costumes.
foi um reencontro com o passado mais presente do que nunca, uma viagem aos meus tempos de teenager, aos momentos de puro prazer, de loucura total, de amigos lindos, de vida boa, solta e simples, de amizades sinceras, de bebedeiras baratas, de ressacas de bagaço, de dias de sol e directas complicadas.
foi tambem esta noite que finalmente consegui estar em paz frente a frente com uma parte do meu passado, de renovar a minha grande amizade e a ternura que sempre existiu entre mim e o Autista. sabemos ambos que houve muita magua, muita coisa há por dizer, muito rancor ficou lá para tráz, mas um dia destes vamos tomar um grande e prolongado café, conversar calmamente, algures numa esplanada ao sol, nesta Lisboa que será sempre e para sempre nossa. Gostei muito de te ver bem e em paz contigo próprio. Tenho pena que tenhas tido medo de mim e de falar comigo. Sempre te disse que o elo que nos une vai perdurar para lá da nossa morte, nunca te considerei meu inimigo mas fiquei muito triste com muitas das tuas atitudes. é das tais coisas para falarmos calmamente. com um bom cha e scones quentinhos.

obrigada meu lobo mau. eras a pessoa que eu keria ter a meu lado, ainda bem que te deu essa maluquice de ultima hora e apareceste para ir comigo. não te consigo descrever o que significou para mim...

encontros

«Foi pelo Outono que começei a arder nas tardes do teu corpo.»
de João Rui de Sousa, Obra Poética

Talvez um dia...

- ganhe o Eurotostões
- o efeito de estufa deixe de ser um problema
- o Alfredo e o Manelinho aprendam a abrir as latas de comida e a limpar o w.c.
- deixe de emagrecer/engordar conforme os dias
- seja totalmente vegetariana
- alguem encontre uma cura contra o cancro e hiv
- a Palestina seja uma nação livre e possa viver em paz com o vizinho
- me encontrem ao volante dum camião TIR, e, aconselho eu, saíam da frente!
- volte a ter um 2cavalos vermelhinho como era o meu Jonas
- alguem me chame avó
- possa ter uma casa cheia de canitos
- eu consiga juntar todos os meus amigos e fazer uma grande jantarada
- não perca um concerto em Londres
- seja o dia. Mas se não for, tambem não é problema. É assim a vida. Sobe e desce quotidiano, com incertezas, alegrias e desencontros. Mas o gozo de viver, esse ninguem mo tira!

Porque sim!

Porque acho que vale a pena.
Porque não tenho pressa nem kero forçar nada.
Porque o meu destino está em aberto.
Porque kero. e muito.
Porque me pediste para adoptar alguem que já faz parte de mim.
Por todas as outras razões do mundo.
Talvez sim.
Talvez não.
Quem sabe?

Eu já afiei a navalha. E tu?

viver e sofrer??

isso para mim soa-me a puro sadismo. Logo eu que não sou masoquista...
Posso não saber bem o que kero, nem o rumo que as coisas vão levar ou onde vou desembarcar, nem sequer posso adivinhar o futuro, mas sei bem qual o caminho que kero seguir. E até onde kero chegar.
E sei quem kero levar comigo nesta viagem, nesta aventura ao desconhecido. Ter medo do futuro é imbecil, ninguem pode ficar parado, ninguem está a salvo, ninguem pode ter certezas. A VIDA está lá fora, à nossa espera, dura, tortuosa, escura, difícil, com dores e muitas lágrimas, mas tambem tem o seu quinhão de sorrisos e alegrias.
Vá, dá-me a mão e não tenhas medo. Eu levo uma lanterna para iluminar o caminho, nem que seja daquelas pikininas...